segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Petição

Entre a ponte que falta faz... e a ponte que faz falta!

Um elemento da comissão de utentes, ex-vereador e actual vogal da CDU na Assembleia Municipal acusa-me de não ter assinado uma petição intitulada “Pela Reabertura, reparação e construção da ponte sobre o Rio Tejo em Constância e Vila Nova da Barquinha” com a qual se pretendiam recolher 4.000 assinaturas para chegar a discussão da Assembleia da República. Essa petição concisa terminava nos termos A construção de uma nova ponte que responda às necessidades do século XXI é uma justa exigência que queremos reafirmar, e solicitamos que até à sua concretização se efectue a conservação da mesma, de forma a garantir a segurança dos seus utentes”.

Ponto um - a expressão conseguida não traduz certamente a ideia que se desejaria de conservação da actual ponte e da construção de uma ponte nova;

Ponto dois
- a tónica (neste momento de perda da ponte) deve ser centrada na sua melhoria e recuperação com largo tempo de vida (dezenas de anos), ponto que, aliás, o executivo anterior nunca deveria ter colocado em segundo ou terceiro plano;

Ponto três - a meta de uma nova ponte, que foi e será sempre a melhor solução, é utópica de momento e só vem baralhar e atrasar qualquer solução; Como se podem pedir duas pontes quando a única que existia acaba de fechar para reparação?!

Ponto quatro - até que ponto é que a seriedade e realismo necessários à resolução de tão grave problema serão afectados pela posição ambígua e contraditória tomada por vários representantes eleitos do povo na sua autarquia que, nela, defendem a posição do Presidente de Câmara para elaboração de projecto e assinatura de protocolo de melhoria da ponte actual e, em simultâneo, assinam uma petição que requer a simples conservação da actual mas também a construção de uma ponte nova?

Trata-se de uma questão linear de opção e de realismo. AGORA, a ponte que falta faz. Um dia, com tempo e noutro contexto e conjuntura, podemos voltar à ponte que falta fazer.
Posto isto, entendo que o melhor seria mesmo o assunto não chegar, nem assim, nem de momento, à Assembleia da República. Evitar-se-iam retrocessos a outros e indevidos protagonistas e o aumento da confusão já instalada.

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