quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Médio Tejo - batalhas eleitorais I

Em função dos candidatos apresentados a cada Câmara Municipal da região, quer pelo seu perfil, diferenciação ou continuidade, quer pelo número de oponentes e pelos registos de 2009 e 2013 é possível perspetivar (sem sondagens, e essas também têm margem de erro) o que acontecerá a 01 de outubro.

 
Em Abrantes. Alcanena, Ferreira do Zêzere, Mação, Tomar, Torres Novas, Sardoal, Vila Nova da Barquinha avizinham-se tempos de continuidade.

Em Abrantes, a divisão ocorrida dentro do PSD e a falta de coligação deste com o CDS, permitirá a subida à esquerda, sustentada pelas questões ambientais, e facilitará uma maioria ao PS.
Por Alcanena, poucos candidatos, PSD a apoiar uma lista de independentes e a saltar para 2021, vitória do PS a manter-se.
Em Ferreira do Zêzere,  concelho que bateu o seu recorde em candidatos (6), facilita-se a vitória a quem governa (PSD), mas correndo riscos de perda de maioria.
Mação, à volta dos incêndios, mas com trabalho feito num modelo de prevenção, tudo se deverá manter (PSD).
Tomar, na grande divisão dos templários, PS deverá manter a vitória, por desaparecimento dos independentes.
Já em Torres Novas, com a boa distribuição de votos que os seus 4 concorrentes fazem, o PS continuará a governar.
Pelo Sardoal, com apenas cerca de 3000 eleitores, continuará a governação do PSD, mesmo sem a concorrência de uma lista de independentes.
Em Vila Nova da Barquinha, nas habituais águas calmas, a barca do PS continuará a navegar.


E agora, o que sustenta as dúvidas nos outros concelhos, onde se concentraram as atenções.

As águas calmas podem desta vez estender-se de Vila Nova da Barquinha a  Abrantes, com a colaboração do Zêzere em Constância.

Em Constância, com o desgaste da CDU em 30 anos de poder, não fosse o concelho ter apenas cerca de 3000 eleitores, seria garantida a vitória do PS. O que mesmo assim deverá suceder. Dúvidas, porquê? Se os independentes, alguns em cisão com a CDU, também retiram muitos votos ao PS e se a população vai ou não em força às urnas. A união PSD/CDS-PP também pode alcançar um dos 5 lugares, o que não acontece há vários mandatos.

No Entroncamento, mantém-se o número de candidatos e costuma haver uma votação não desprezável na CDU, no BE e até no CDS.  No entanto a grande incógnita reside em saber até onde pode chegar o efeito do regresso de Jaime Ramos, ex-Presidente (PSD) até 2013. Teria mais hipóteses de vitória se PSD e CDS/PP concorressem coligados. Assim, a tendência é de perda da maioria pelo PS.

Em Ourém reinou a incerteza durante o mandato e na pré-campanha. O candidato que seria, mas que não poderia ser e a surpresa da sua sucessora. A queda de popularidade do PS de 2009 para 2013 decorreu em parte do aparecimento de uma candidatura independente, que agora parece reforçada, o que poderá facilitar o retorno do PSD ao poder, coligado com CDS/PP. A maior população da região saberá decidir.

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