Constância, a dita dura

Agora fazemos assim, depois tudo se há de resolver. Ignoramos a lei dos eleitos e das autarquias mas até somos boas pessoas já que desempenhamos cargos públicos de confiança dos cidadãos (que nos elegeram e que connosco conviveram).

Dois bons exemplos neste último mês:

1. A bancada da CDU na Assembleia Municipal, o Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente de Câmara - todos eles - não permitiram que os vereadores da oposição tivessem uma palavra de despedida na última sessão da Assembleia Municipal (13.09.2013). 

No meu caso, solicitei mesmo a palavra, quer ao Presidente de Câmara, quer ao Presidente da Assembleia e não me foi concedida. Acabei por entregar declarações escritas à Mesa e à Administrativa que acompanha a Assembleia Municipal, o que também o Presidente da Assembleia quis evitar...

Pode ler a declaração nas páginas listadas ao lado: AQUI.

 

2. Na última reunião de Câmara deste mandato (10.10.2013), como cereja em cima do bolo, mais uma decisão anulável e violadora de qualquer regimento ou regime democrático: fora de efeito útil, admite-se um novo ponto para a ordem de trabalhos, em cima do joelho e para prejudicar um membro do executivo cessante.

Deixei claramente expresso em ata que não concordava com a inclusão de um novo ponto na ordem de trabalhos, visto que os presentes não tiveram previamente qualquer conhecimento dessa situação.

Debalde, pois a Câmara aprovou a proposta do Presidente para que a autarquia não prestasse apoio judicial ao vereador. Irregularmente, mais uma vez.

Restar-me-á, na defesa da honra e desempenho dos bons autarcas deste país,  seguir o  exemplo de Constância e recorrer antes aos amigos políticos (de outra cor, de preferência) para testemunharem abonatoriamente. Pois, efetivamente, em quatro anos de executivo não se terá perdido a prática ressiliente e muito conveniente de ignorar a lei.

Depois das eleições autárquicas

 

Tal como aqui escrevi a 14 de julho, decidi não participar nem nas listas do PS Constância nem na campanha autárquica. Na ocasião acrescentei que não iriam ser publicadas mensagens durante uns tempos. Fiz mais: o blogue deixou de estar acessível durante cerca de 2 meses, até agora.

 

Quanto ao resultado das eleições? Numa campanha de águas calmas, porque tudo está bem em Constância, o povo elegeu quem quis. Como sempre fez e se entende ser democrático. A mudança surgiu pelos mesmos de sempre e, também como sempre, baseada no trabalho, na honestidade e na competência. Claro e cristalino como as águas calmas.

 

Agora é ainda tempo de dar a conhecer as tomadas de posição dos vereadores da oposição durante os últimos meses do mandato que está quase a terminar.